quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

NÃO FAÇO FESTA À FANTASIA COM TEMA DE FAROESTE

Um casal britânico renovava seus votos de casamento em uma festa à fantasia quando foi surpreendido por policiais armados, segundo informa nesta quarta-feira a agência AFP.

Os cerca de 80 convidados de Roy e Val Worthington usavam chapéus e portavam armas de brinquedo na ocasião.

O grupo se divertia na festa em estilo faroeste, na noite do último sábado, quando policiais armados, usando coletes a prova de balas e até um helicóptero, cercaram o pub Moira Arms, em Castle Donington, Leicestershire.

De acordo com Val, alguém teria ligado para a polícia relatando que havia pessoas armadas no local. "Suponho que eles estivessem certos em responder, mas foi um pouco além do necessário", disse.

A polícia de Leicestershire defendeu sua ação. "As pessoas precisam se lembrar que é um crime carregar uma arma de fogo, seja verdadeira ou imitação, em um local público. Elas deveriam ter isto em mente quando se fantasiaram", afirmou um porta-voz da polícia.


Do Editor: se fosse no Rio, as armas não seriam de brinquedo... se fosse em Uberaba seriam (mande sugestões que publico... kkkkkkkkkkkkkkk)


terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Rádios de internet começam a pegar

Os rádios de internet, equipamentos que tocam as emissoras da web, já estão se popularizando.
Usados em redes sem fio, sobretudo Wi-Fi, esses rádios não precisam de computador para buscar as emissoras na internet: eles se conectam diretamente, pelo roteador. Há muitos modelos desse tipo na CEbit, em Hannover, a maior feira de tecnologia do mundo.
Entre as opções interessantes da CEbit há o Phoenix Wi-Fi Radio, da empresa francesa Phoenix, que pode ser usado em redes b e g; o Roku Network Music Player e Internet radio, da Roku, companhia de um inventor americano, e o InFusion, da empresa australiana Torian Wireless. A Torian, aliás, faz até componentes para outros fabricantes de hardware adicionarem a função de rádio de internet a seus equipamentos.
Muitos desses rádios pedem o reforço de caixas acústicas ou integração com sistemas de home theater, mas também já há opções com as caixas acopladas. É o caso, por exemplo, do InternetRadio 1, da empresa alemã TechniSat. Assim, a mobilidade passa a ser total dentro do ambiente da rede.
A capacidade de esses rádios fazerem uma revolução na maneira de transmitir e ouvir música é enorme. As oportunidades para rádios ultra segmentadas e muito mais interativas vão explodir.
No Brasil, evidentemente, isso pode demorar um pouco, porque as redes sem fio domésticas ainda não se disseminaram tanto fora do mundo dos early adopters. Mas, como tudo, é só uma questão de tempo. A Pinnacle já está até atuando nesse mercado no país, com um rádio de internet que sairá em breve.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

As marchinhas de carnaval

Lendo o Jornal da Manhã deste domingo me deparei com um artigo muito interessante que falava sobre as marchinhas de carnaval. Como é rico em detalhes, tomei a liberdade de editá-lo neste espaço, com o crédito do autor, para a apreciação de meus leitores.

Mozart Lacerda Filho (*)

Estimado leitor, houve um tempo em que o carnaval – festividade que está se aproximando – não se limitava a tocar as enfadonhas músicas baianas e congêneres; as marchinhas dominavam a cena. Perdoe-me aqueles que apreciam o carnaval de hoje, mas não abro mão das velhas músicas, que, infelizmente, não são mais tocadas, senão em raríssimas e honrosas ocasiões.

Da ascensão e do declínio do gênero carnavalesco tratarei noutra ocasião. Hoje, quero comentar algumas marchinhas que se tornaram verdadeiros clássicos, para que, de alguma forma, não as deixemos morrer.

Começarei pela composição da maestrina Chiquinha Gonzaga Ô Abre Alas, de 1899, considerada a primeira marcha feita exclusivamente para o carnaval. Segundo alguns autores, a composição teria sido feita a pedido de alguns componentes do Cordão Rosa de Ouro. Outros afirmam que a compositora deu acabamento a antigas canções folclóricas, cantadas em rodas. OÔ Abre Alas, quando era executada, incendiava imediatamente o salão. fato é que

Joubert de Carvalho, músico uberabense, compôs Pra Você Gostar de Mim (Ta-hi), gravada por Carmem Miranda em 1930 em vinil de 78 rpm. O Ta-hi não estava na letra original, e foi acrescentado posteriormente. Joubert de Carvalho já havia composto algumas outras canções. Mas, ao apostar na iniciante Carmem Miranda, teve seu talento reconhecido nacionalmente, uma vez que o disco vendeu 35.000 cópias em apenas um mês.

Em 1932, o carioca Lamartine Babo compôs Linda Morena e o sucesso foi tal que, três meses depois, estreava no teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, o show homônimo, que bateria recordes de bilheteria. Segundo algumas fontes, essa foi a música que inspirou o compositor Braguinha a escrever, mais tarde, os versos de Linda Lourinha, outro clássico indiscutível do gênero carnavalesco.

Do mesmo Braguinha, mas em parceria com Noel Rosa, Pastorinhas representou uma guinada nos rumos que as marchas estavam seguindo. De ritmo mais lento, inaugurou o estilo marcha-rancho, inspirado na cadência do Rancho das Pastoras, que desfilava sempre no Dia de Reis, no Rio de Janeiro.

Jararaca e Vicente Paiva lançam, em 1936, um dos ícones dos bailes de salão. Não há um único folião que não cante de cor Mamãe Eu Quero. A marchinha surgiu numa época em que o gênero se firmava definitivamente como um dos ritmos carnavalescos por excelência. O tom irônico, humorístico e malicioso agradou em cheio aos amantes das marchinhas.

Graças a uma interpretação primorosa de Orlando Silva, o cantor das multidões, A Jardineira, marcha de origem bastante discutida, obteve o segundo lugar no concurso carnavalesco promovido pela prefeitura do Rio de Janeiro,or Orlando Silva, a marchinha também fez sucesso no cinema, sendo a principal canção do filme Banana da Terra, lançado no ano segu em 1938, e foi eleita a preferida dos foliões. Interpretada de novo pinte.

No carnaval de 1941, Aurora, de Mário Lago e Roberto Roberti, ganhou extrema popularidade, tanto nas ruas quanto nos salões. Interessante observar que a letra (Se você fosse sincera / ô, ô, ô, Aurora / veja só que bom que era / ô, ô, ô, Aurora / Um lindo apartamento / Com porteiro e elevador / E ar refrigerado para os dias de calor / Madame antes do nome / Você teria agora) expressa um dos mais antigos dilemas do comportamento humano: a mulher infiel, que perde sua condição de pessoa séria e, consequentemente, se vê obrigada a abrir mão de algumas mordomias.

Evidentemente, há muitas outras marchinhas que mereceriam estar arroladas acima e acho que um segundo artigo, ao menos, se faz necessário. Aguardem.

(*) doutorando em História e professor do Colégio Cenecista Dr. José Ferreira e da Facthus; mozart.lacerda@uol.com.br