quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mundo a fora - Parte 2

A SOMTRÊS foi a primeira revista do gênero no Brasil, destinada ao público audiófilo, tratava dos equipamentos de áudio e música em geral.

O time de profissionais era formado por Maurício Kubrusly, que criou e editou a revista desde o início, amparado por uma equipe de "pesos-pesados" da área de áudio como Ruy M. Natividade, Gabriel Almog, Fernando de Jesus Pereira Jr., Carlos Barradas da Silva, Cláudio Kubrusly, Luiz Fernando O. Cysne, Nestor Natividade, Paulo Massa, Ethevaldo Siqueira e Walter Ullmann, entre outros colaboradores.

A revista trazia diversas seções, algumas delas muito procuradas e de grande sucesso: Show Room, Free-Shop, Out-Put, Tabela Somtrês, Sintonia, Circulo do Som, Vitrine, ABC do Som, Bloco de Notas, Som do Carro, Video Clube, Jornal do Disco, Fã Clube, Crítica, Parada Somtrês, etc...

No início, a revista era dirigida ao público que curtia equipamentos de áudio doméstico/residencial. Com o passar dos anos a revista foi mudando seu perfil, dando maior ênfase à área musical, incluindo aos poucos novas seções sobre instrumentos musicais e deixando de lado as seções que originalmente tratavam dos equipamentos de aúdio.

A revista SOMTRÊS teve seu primeiro número publicado pela Editora Três em Janeiro de 1979 (nº 01) e a última edição foi a de Janeiro de 1989 (nº 121), quando a revista completou 10 anos de existência!





ESTAVA EU "SURFANDO" NA NET QUANDO ME DEPAREI COM ESSE "ARTIGO".

Achei ele bem curioso e resolvi diviri com vcs essa pérola do conhecimento... kkkkkkkk Bom proveito.



Olá a todos,

aproveitei o feriado e fui visitar uns parentes da minha esposa em uma cidadezinha do interior, depois de uns 6 anos sem ir lá. Não é nem cidade, é um distrito com uns 4.000 moradores, se muito.

Onde havia um viveiro de mudas de café, o primo dela transformou em "um clube". Uma piscina, um gramado, uma área coberta, um campo de futebol. Ele disse que alugava o espaço para festas, para forró, para igrejas, festas de aniversários, etc. Os eventos da comunidade eram todos feitos lá.

Em determinado momento, vi umas caixas de som e equipamentos e - como não podia deixar de ser, fui olhar. Ele me disse com todo o orgulho "é o melhor equipamento de som da região". Vejam as fotos:

Image

Foto do PA principal. Por baixo, duas caixas de grave, com 2 x 15". Depois, duas caixas de médio-grave, com falantes de 12". A "super-corneta", como ele chama, tem dois drivers Selenium D250. E a bateria de tweeters (são 2, uma está atrás da outra), com 2 supertweeters ST300 da Selenium cada uma. Os amplificadores merecem um destaque à parte.

Image

Os amplificadores são: Gradiente HA-II e um Ciclotron CP-2000. Ambos devem ter sido fabricados antes de 1985, e são mais velhos que a maioria dos operadores de som das igrejas.

Image

Pelas fotos da parte de trás, já dá para ver que os amps. estão muito, muito rodados. Reparem nas gambiarras: os conectores foram trocados para tomadas do tipo de energia elétrica (ou mesmo fio solto). Em interior ninguém sabe o que é P10, banana, Speakon, etc.

Image

Uma das baterias de tweeters vista por trás. Segundo o rapaz, o capacitor estava logo depois da entrada do conector, "mas assim não dava agudo nenhum. Aí eu mesmo mudei para isso aí e melhorou muito". Não há nem solda nos fios, é tudo amarrado mesmo.

O PA deles é de 04 vias (graves, médio-graves, médio-agudos e agudos). Só que ele não tem crossover. Ele liga cada via em um canal do amplificador (2 amplificadores = 4 canais) e o "técnico" regula tudo de ouvido.

Image

A foto é do "veículo" do técnico de som, que também é o tecladista oficial da comunidade. A foto inclusive mostra a "maleta" de ferramentas dele.

Só não estava presente a mesa de som, uma Ciclotron que ele não soube precisar o nome. Tinha dado problema em um canal, o rapaz levou para consertar. O microfone principal é um TSI MS-115 sem fio (muito bom, segundo ele) e uns LeSon MK alguma coisa (estava apagado), de plástico!!!

Segundo o primo da minha esposa, toda sexta e sábado tem forró (se não houver outro evento diferente). Uma vez por mês, a Igreja da denominação X reúne o pessoal de todos os templos da região lá.

O mais incrível é que, segundo ele, o pessoal gosta muito. Eu pessoalmente acho quase um milagre tudo funcionar.

Saí de lá com a impressão que tenho que parar de reclamar de algumas coisas...

Um abraço,

Fernando


segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Mundo a fora - Parte 1

Esta semana gostaria de agradecer muito aos amigos que estão freqüentemente acessando o nosso blog. Amigos que nos inspiram, que nos enviam artigos, mensagens e muito mais. Gostaria de agradecer especialmente à amiga Rose Dutra. Formada em jornalismo, lida com as palavras com a facilidade de quem caminha sob o entardecer de um dia de verão! Rose, além de leitora assídua do blog, editora no Jornal de Uberaba é amiga de longas datas (e páginas NE Rose) do editor desse blog.

No último dia 12, Rose assim escreveu em sua coluna: “DJ ED INOVA E LANÇA blog com artigos, ranking das dez músicas mais executadas, a música da semana para download, buscador de músicas do Google e muito mais. Anote aí http://djed-uberaba.blogspot.com/”

Valeu Rose! Sucesso sempre minha amiga!



Karate Kid é um dos filmes mais marcantes para qualquer pessoa que teve a sorte de ser adolescente nos anos 80. E Glory Of Love, a canção principal de Karate Kid II, a balada por definição. O seu autor e intérprete, Peter Cetera, teve nesta canção o seu primeiro momento de sucesso após sair dos Chicago. A canção, que faz parte do álbum Solitude/Solitaire (1986), chegou a ser nomeada para um Oscar, mas perdeu para Take My Breath Away, dos Berlin. Ainda do mesmo álbum, sairia o tema The Next Time I Fall, um dueto com Amy Grant. Peter Cetera deve estar entre os cantores que mais duetos com mulheres gravaram na música pop. O seu último registo discográfico data de 2004 e é um conjunto de interpretações de clássicos de Natal com o título You Just Gotta Love Christmas. Peter completou dia 13 último 64 anos. Parabéns!



Anastacia
Estilo musical → Sprock : Junção de Soul, Pop e Rock.
A Diva americana lançou seu primeiro álbum em 2000 e ficou mundialmente conhecida em 2002 devido a sua performance no final da copa do mundo cantando o tema "Boom".Ana ganhou incontáveis prêmios e fez um sucesso estrondoso na Europa.Em 2003 descobriu que tinha câncer de mama e após sua total recuperação voltou ainda mais poderosa com o álbum que leva seu nome, em 2004.
Anastacia é uma Diva consagrada de um talento magnífico, continua emocionando com sua voz exótica e seu carisma indescritível.
Atualmente ela tem uma fundação da qual ajuda mulheres que sofrem com câncer de mama, e promete voltar ainda mais poderosa no final deste ano com seu 5º álbum: Heavy Rotation.
Anastacia com a Musica "Everything Burns" Fez o clip do Filme O QUARTETO FANTASTICO.
A Diva tem 2 de suas músicas em 2 novelas globais (Um anjo caiu do Céu, Coração de Estudante)
Em 1ª Mão o Clip da Musica "I Can Feel You" Deste proximo album - Heavy Rotation que será lançado em novembro deste ano.
http://br.youtube.com/watch?v=CbuZ_DsqA_o&feature=related
Colaboração: Valéria Suzy
valeriasuzy@terra.com.br
http://valeriasuzy.blogspot.com/



Se a pop tem em Madonna a sua muito legítima Rainha, temos de concordar que o título de Rei fica bem entregue ao sr. Michael Jackson. Esqueçamos as polémicas ligadas à sua transformação física, os escândalos mais ou menos escabrosos que imprensa revelou (ou inventou?), alguns actos de pura demência... Esqueçamos tudo isso e concentremo-nos na música e mais especificamente num álbum: Thriller (1982). Para muitos, temos aqui o momento musical mais relevante da década de 80, dividido em nove faixas de pura pop, soul e dance. Ninguém fica indiferente a canções como Wanna Be Startin' Somethin', Thriller, Beat It ou Billie Jean, hinos intemporais das pistas de dança que todas as gerações já reclamam como seus. E depois ainda há Bad (1987), segundo e último álbum do cantor na década de 80. Michael Jackson, o sétimo de nove irmãos, faz hoje 50 anos (dia 13 e 13 dias depois de Madonna...). Para celebrar o aniversário, a editora Sony BMG lança no presente mês a colectânea King Of Pop, um conjunto de 30 canções que cobrem uma carreira que começou nos Jackson 5, na década de 70, e se estendeu, em termos de álbuns de originais, até 2001, com Invincible. Parabéns, Michael!


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Entre família

Ai que saudade do tempo em que podiamos saír às ruas sem preocupação de ser assaltada ou molestada.
Saudades do tempo em que se ouvia boa música, mas música de verdade, daquelas eternas.....
Saudades da Paquera na Cidade, Tarde da Paquera e por aí vai.
Época saudosa que podemos reviver com carinho graças ao trabalho do Dj Ed.
Este, meu querido irmão.
Cada música que tocada nos eventos que ele é contratado e que eu posso comparecer é uma viajem no tempo, um saudocismo ataca o coração que não tem como explicar.
Hoje, casada, mãe de uma filha, fico pensando como era bom aqueles tempos e fico no anseio de que pudesse voltar para que minha filha pudesse viver tranqüila como nós vivíamos.
Mas ainda bem que, ao menos, graças à influência dos pais e do tio DJ Ed, claro, ela tem um gosto mais apurado para a boa música. Não esses batidões que se ouve por aí. Ela, com apenas 9 anos, sabe curtir com a gente as músicas dos nossos tempos.
É engraçado, quando a gente ouve alguma música e a gente começa a cantar junto, tipo do Roupa Nova, RPM, Kid Abelha, Paralamas do Sucesso, e por aí vai, ela pergunta: ‘mamãe, essa é do seu tempo?’, confesso que fica a impressão de que estou tão velha, mas com alegria digo que sim, pois foi de um tempo nosso, de jovens consciêntes, ao contrário do pensamento de muitos pais.
Participávamos, eu e meus irmãos, do grupo de jovens de nossa igreja, como era bom. O DJ Ed já ensaiava sua carreira de DJ deste esse tempo, animando nossos encontros, que acontecia não só na igreja, mas cada domingo era na casa de um dos componentes. A gente brincava na rua e o som ficava por conta do DJ Ed.
Uma curiosidade aos leitores do blog, que era legal, era quando os vizinhos se atreviam a colocar o som alto, o Ed colova as caixinhas (diga-se de passagem enormes com altos-falantes que nem sei explicar, bom isso eu deixo pra ele explicar, rsrsrsrs) e fazia a vizinha desligar o som e só o dele é que reinava no quarteirão, isso mesmo, visinhos do outro lado da rua vinha falar que ouviam o som dele.
Quero aproveitar este espaço para deixar registrado o amor que tenho pelo meu irmão, que agora está podendo realizar o sonho dele e o nosso também, pois ouvir músicas de qualidade é só com ele.
Maninho, continue assim, firme e persistenten nos seus sonhos.
Te amo.
Beijos.

Ah, quem gosta de música de verdade, se liga no DJ Ed, é o passado de volta com GRANDE QUALIDADE.

Até+

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Com a palavra, Renato Lima...

Olá! Participar do Blog do DJ ED é uma grande prazer: primeiro porque ele trata de um assunto que muitos falam, mas poucos conseguiram traduzir com tanta simplicidade. Só de ler já me remeteu há cerca de trinta anos atrás.

Após ter trabalhado quase seis anos no rádio em Uberaba, ter tido a honra de ter sido o primeiro operador de som e primeiro locutor de FM em Uberaba, tentei outros caminhos, mas não me adaptei na cidade de Franca-SP como Diretor Artístico da Hertz/FM. Voltei pra “terrinha”.

Não sei o motivo – nem vale a pena agora tentar descobrir – mas o que consegui foi ser contratado para ser locutor comercial. Diziam que eu estava ultrapassado rsrsrs. Poxa vida! Se eu tinha iniciado minha carreira com 16 anos, tinha apenas 22 e estava ultrapassado?

Mas... Na época a emissora “TOP” era a 93 FM- hoje Zebu- e eles haviam começado uma brincadeira chamada Paquera na Cidade e após algum tempo simplesmente abandonaram a idéia por achar que ler recadinhos de amor em rádio também estava ultrapassado kkkk. Era um programa de rádio gravado previamente e levado ao ar domingo das 7 as 8 da noite, diga-se de passagem, um dos piores horários da emissora.

O recomeço

Encarei o programa e resolvi fazer do meu jeito. Descolei um fundo musical que achei que daria certo – Easy Lady/Spagna- e começou aí um programa que foi um verdadeiro movimento não só em Uberaba como também na região. Assim como Spagna, decidimos rodar uma música da Cindy Lauper, Girls Just want to have fun, que por força popular logo se tornou a “melô da galinha”.

Para trazer o ouvinte pra rádio, improvisamos umas urnas nas escolas para que os alunos depositassem seus recados e logo o programa que tinha uma hora de duração no domingo, passou a ter três horas no sábado e três no domingo e ainda assim, nem todos eram atendidos.

Surgiram aí as Turmas do Paquera, que ao contrário de que algumas pessoas pensam, foi um movimento fantástico.

Realizamos gincanas, onde os meninos e meninas arrecadaram toneladas de alimentos que foram destinados a entidades assistenciais escolhidas por eles, e entregues também por eles com nossa supervisão.

As festas

Eram da melhor qualidade para quem estava nas pistas. Musicas como Voyage Voyage, Tarzan Boy, I never be (Maria Madalena), Name Game, entre outras levantavam a galera além das seleções de lentas onde eu lia os recadinhos.

A equipe de som era nossa mesmo. Discos nem pensar; CDs nem existiam, então o jeito era gravar as músicas em fitas K-7. pensaram você ter que improvisar com fitas K-7? Acreditem! Dava até para mixar algumas quando as fitas não enrolavam pra dentro do gravador, por isso tínhamos que levar cópias de todas pra não passar vergonha kkkkk.

Surgiram então os convites para fazer bailes em cidades da região como Conceição das Alagoas, Água Comprida, Sacramento/MG e Igarapava, Miguelópolis e Guaíra/SP. As turmas de Uberaba acompanhavam de ônibus, carros, motos, carona etc. O som e a iluminação iam a bordo da MADONNA, uma Kombi 1966 que eu havia adquirido (e podem crer, nunca me deixou na estrada).

Foi um período maravilhoso para todos que tiveram a oportunidade de curtir. Sem drogas; apenas embalados por uma ou outra bebida alcoólica que a grana dava pra comprar.

O Paquera na Cidade se transformou depois em Special Love, que hoje é apresentado na emissora que eu trabalho – Aliança FM/ Igarapava-SP, 90,9 Mhz, apenas no Dia dos Namorados, mas que fez história na região.

É bom saber que a gente pode recordar aqueles bons tempos com o nosso DJ ED.

Quem sabe um dia faremos uma festa juntos?

Um abraço do “quase DJ” Renato Lima.





quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Imagination - "Just an illusion"

Os Imagination nunca eram nada de especial, mas quase sempre ficava uma faísca de qualquer coisa. Vindos dos Estados Unidos no inicio dos anos 80,Tiveram o seu primeiro grande sucesso com este tema muito lento, sexy, e que fica no Ouvido.
Tema mais Instrumental que propriamente vocal, foi um grande êxito nas discotecas nesse tempo, apesar de ter um ritmo pouco original vindo do Disco Sound,
Just an illusion dos Imagination foi um dos temas mais representativos dos anos 80. É com esse sucesso que começamos nosso blog. De presente para vocês um download de versão mixada de Just an Illusion. Mais uma opção desta que foi e é sucesso até hoje.



segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Ser DJ é um dom!


Ninguém vira DJ de uma hora para outra simplesmente fazendo um curso.
Ser DJ é muito mais que isso. É responsabilidade musical, técnicas, conhecimento de som, estar antenado SEMPRE com o mundo musical e muita vontade de divertir... Os outros! rsrs

Lógico que o DJ se diverte (se souber fazer se diverte tanto quanto o público) mas a preocupação é com os outros.
Mas isso é um detalhe no início. Logo você percebe as suas responsabilidades. O importante é saber se você quer ser DJ realmente ou apenas se interessa em colocar músicas no churrasco do quintal do amigo do seu primo, rsrs. Um candidato a DJ consegue analisar a música, sentir a música e seus arranjos. Se emocionar, literalmente, quando uma batida, um vocal ou um arranjo tocar nos seus ouvidos. É como se só você estivesse naquela dimensão. Você tenta explicar para seu amigo na balada o que a música te diz mas ele só se preocupa em dançá-la. Músicas te lembram momentos, fazem você viajar em outros momentos...

Você consegue analisar sentimento na batida. Consegue visualizar as feições da música. Você se sente um verdadeiro idiota porque só você vê isso na música.
Vai para a balada e a primeira coisa que ouve é a virada mixada do Dj ou fica tentando descobrir qual será a próxima música ou ainda na virada descobre rápido qual está entrando. Faz questão de ver o DJ tocando enquanto seus amigos já estão na pista dançando. E se emociona simplesmente quando o DJ pega o headphone, coloca o cd no CDJ ou o disco na MK2 e faz os movimentos de acerto do Pitch. Vai ao delírio em um scratch e aprecia cada mixagem bem feita, analisando não só a técnica, mas principalmente o sentido que aquele som te tocou. Aí você olha para a pista de dança e se imagina não nela e sim naquela cabine de som. Essa é a dimensão do DJ... Entenderam?

Então... Aí você já sabe que adora isso e que quer aprender a tocar. Daí vem a parte mais difícil, rsrsrs.
Se você não possuir um amigo que tenha a aparelhagem e possa te dar uma força nas primeiras técnicas aí complica. É um aprendizado que requer, pelo menos no início, uma preocupação intensa e praticar bastante. Igual a aprender a dirigir. Nunca se esquece depois que aprende. É um hobby caro. As aparelhagens hoje em dia não são baratas porque a tecnologia cresce a cada dia.

Música mecânica nem sempre tem operador de som como os PAs de música ao vivo... Logo é muito interessante aprender pelo menos o básico em equalização sonora e até mesmo instalação dos equipamentos.
Do que tem de DJ que fica apavorado ao perceber que o som não está saindo... Muitas vezes é apenas uma conexão com mal contato e coloca tudo a perder. Mas o DJ não é apenas técnica nos equipamentos. É muito mais que isso. É uma dedicação em conhecer os estilos musicais, ficar antenado no que está tocando, experimentar novos estilos e principalmente conhecer a música em si.

Ao conhecer a música em si você sabe perfeitamente quais as melhores partes para a mixagem sair perfeita.
Também não adianta saber o que está tocando nas rádios ou nas boates e ter as músicas no HD (eu trabalho com notebook, para mim é muito mais simples e fácil achar as músicas), se não consegue tocá-las adequadamente e na hora certa. Misturar ritmos ou se perder na pista é reflexo disso. Mas o grande mal é ficar preso às músicas que possui. Comprar ou baixar as músicas e dizer que as tem para tocar é muito fácil porém te rotula apenas como ponte, um caminho entre a música e o ouvinte. Experimenta inovar. Use seu senso crítico para saber reconhecer músicas que podem agitar aquela pista mas que só você a conhece. Tente fazer um sucesso e não simplesmente usar o sucesso dos outros.

Muitas vezes corremos o risco de não acertar, mas com o tempo conseguimos corrigir isso rapidamente, sem muito “estrago” para o público.


Inovar na pista é renovar seu profissionalismo. Só usar sucessos dos outros é ser apenas um espelho de imagem distorcida.
Para isso você precisa conhecer as músicas conforme eu já falei... Garimpar músicas em discos ou na internet. Faça dos seus ouvidos um laboratório e da sua intuição um trampolim para ser diferente. A inovação na pista de dança te oferece um diferencial. É absurdamente chato aquele DJ básico que toca sempre as mesmas músicas nos sets específicos e sempre os mesmos sets. Preguiça para inovar é fatal na vida de um DJ. Mas essa preguiça e suas consequências são as referências para se saber quem é bom ou quem é apenas um “trocador de músicas”. Já foi época que festas terminavam o rock anos 60... La Bamba e Jive Bunny. Twist and Shout no máximo. E no set de anos 70 tem apenas as básicas YMCA, Macho man, I will survive e Let´s groove. Celebration no máximo. É muito mais que isso.

Treino. Muito treino e dedicação. Demora um pouco mas se consegue.
A partir do momento que você amadurece esse lado prático vai parcebendo que o aprendizado é intenso. A cada música ou a cada estilo você aprende algo como batidas, arranjos, pontos de mixagem, características específicas do estilo como BPM (batidas por minuto). Quando tudo parece ótimo você começa a perceber os diferentes estilos dos remixes de DJs famosos como Benny Benassi, DJ Tiesto... E vai absorvendo o que mais te interessa e agrada. Isso se chama Personalidade Musical. O DJ quando consegue chegar a esse ponto já pode sonhar com o sucesso.

É por essas e outras que o DJ deixou de ser marginalizado como um vagabundo que toca em festas e trabalha na noite. Ao longo dos anos os DJs foram valorizados pela técnica e principalmente pela personalidade musical.
Hoje somos capazes de levantar uma festa falida. Fazemos eventos virarem grandes sucessos. Não basta apenas ter um som potente e colocar aquele seu CD preferido. Somente o DJ sabe dosar todos os estilos musicais de forma armônica, agradando todos os convidados.

Por isso que costumo dizer: DJ se diverte. Divertindo as pessoas!


NA PRÓXIMA SEMANA TRAREI A HISTÓRIA DAQUELE QUE FOI O "DIVISOR DE ÁGUAS" NOS ANOS 80, UM ÍCONE ATÉ OS DIAS DE HOJE: RENATO LIMA!
SÓ PARA VOCÊS TEREM UMA IDÉIA DO QUE SERÁ:
"O som e a iluminação iam a bordo da MADONNA, uma Kombi 1966 que eu havia adquirido (e podem crer, nunca me deixou na estrada)."

Então, até lá!

Um grande abraço a todos.

DJ ED • Da melhor qualidade!